Fogo consumiu cerca de 4.000 hectares de terreno.
A Câmara Municipal de Arouca pôs em funcionamento um balcão de apoio aos
agricultores afetados pelos incêndios de julho e cujos prejuízos a autarquia
estimou, esta terça-feira, serem na ordem dos 10 milhões de euros.
O novo serviço está a funcionar no Gabinete Técnico-Florestal, situado na
Avenida 25 de Abril, no centro da referida vila do distrito de Aveiro e Área
Metropolitana do porto, e destina-se a “auxiliar nos pedidos de apoio excecional
aos agricultores afetados pelos incêndios de julho, que atingiram as freguesias
de Alvarenga, Santa Eulália, Tropêço, Canelas, Espiunca, Arouca e Burgo”.
Fonte oficial da autarquia realça que, nesta fase, só estão disponíveis
candidaturas para pedidos referentes “à perda de animais, de culturas anuais, de
plantações plurianuais e de máquinas, equipamentos e espaços de apoio à
atividade agrícola”, mas afirma que o gabinete tem como objetivo “auxiliar todas
as pessoas que necessitarem de ajuda para aceder a apoios”.
Quanto ao universo de proprietários afetados, a mesma fonte adianta, com base na
auscultação prévia que os técnicos de Ação Social da autarquia já executaram no
terreno : “Até ao momento, 150 particulares apresentaram danos. Num levantamento
prévio, estimam-se prejuízos na ordem dos 10 milhões de euros”.
Em causa está o incêndio que deflagrou a 28 de julho numa zona florestal de
Arouca e que foi dado como dominado a 1 de agosto. Nesse período, o fogo
consumiu cerca de 4.000 hectares de terreno.
Segundo a Câmara de Arouca, as verbas disponíveis são para as intervenções
estipuladas no Decreto-Lei N.º 98-A/2025 de 24 de Agosto, que define as medidas
de apoio e mitigação do impacto de incêndios rurais, nomeadamente ao nível da
aquisição de bens imediatos, incentivo financeiro extraordinário à manutenção de
postos de trabalho e restabelecimento do potencial produtivo das culturas
agrícolas.