Ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, entregou portaria para
apreciação. Sindicatos dizem que faltam medidas para reforçar atratividade.
Os seis sindicatos da PSP com representatividade para negociações com a tutela,
estão contra a portaria que o Governo quer fazer aprovar e que pode fazer com
que candidatos com 39 anos entrem nesta força de segurança.
Depois de no início deste ano o decreto-lei com mais alterações às condições
para o curso de formação de agentes da PSP ter sido anulado, precisamente por a
anterior ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, não ter ouvido os
sindicatos, a nova titular da pasta voltou a pegar na proposta.
Na sexta-feira, Maria Lúcia Amaral recebeu os seis sindicatos da PSP, a quem
entregou a portaria. A recetividade, no entanto, não foi a melhor.
A ASPP/PSP considera a proposta do Governo (aumento da idade dos candidatos ao
curso de agentes para 34 anos, podendo chegar aos 39 para pessoas com contrato
com a função pública), “um paliativo, e uma medida em desespero perante um
quadro limite”. “A aposta política deverá passar pela valorização salarial,
reestruturação de suplementos, e respeito pela pré-aposentação”, explicaram.
O SIAP/PSP, por seu turno, também se manifestou “frontalmente contra a
aprovação”. “O aumento da idade máxima de ingresso, e a redução dos requisitos
de altura, não são medidas de atratividade real”, concluiu o sindicato.