Suspeitos estavam de luvas e munidos de ferramentas a preparar material. Foram
condenados a dois anos de prisão efetiva.
Três homens com um longo cadastro por vários crimes, foram condenados pelo
Tribunal da Relação de Coimbra a dois anos de prisão efetiva, por um crime de
furto qualificado na forma tentada. Foram apanhados no interior de uma fábrica
abandonada, em Leiria, na posse de peças em cobre e metal de máquinas e da rede
elétrica, por militares da GNR que investigavam um furto nas instalações
ocorrido uns dias antes.
Os factos ocorreram em abril de 2022 e os três homens foram também acusados do
furto consumado, mas o Tribunal entendeu não haver provas de que foram os mesmos
que arrombaram uma porta situada nas traseiras das instalações da empresa e
causaram um prejuízo superior a cinco mil euros.
O processo foi julgado no Tribunal de Leiria e os arguidos condenados, mas os
recursos que se seguiram arrastaram a decisão do Tribunal da Relação de Coimbra
para este verão.
O mais recente acórdão, de 14 de julho, dá como provado que os três homens foram
surpreendidos pelos militares da GNR a “juntar no chão” os bens que pretendiam
furtar, “o que só não conseguiram por terem sido detidos em flagrante delito”.
Estavam de luvas e na posse de várias ferramentas usadas para cortar cabos de
cobre e desmontar peças em metal das máquinas que ainda se encontravam no
interior das instalações onde funcionou uma fábrica. No exterior, num caminho em
terra batida, foi encontrado o carro em que se faziam transportar.
Um dos assaltantes tem sete condenações por vários crimes praticados entre 2011
e 2023, enquanto outro tem vinte condenações criminais, a penas de multa e de
prisão, entre 1988 e 2022. Quanto ao terceiro assaltante, o único que não
recorreu da condenação, o acórdão destaca a “perigosidade que tem evidenciado”.