Detido suspeito de atear 17 fogos em Ponte da Barca

Ignições aconteceram entre 15 de junho de 2024 e 10 de julho deste ano.

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Um homem foi detido por suspeita de ter ateado pelo menos 17 incêndios
florestais em Lavradas, Ponte da Barca, entre 15 de junho de 2024 e 10 de julho
deste ano, anunciou esta sexta-feira a Polícia Judiciária (PJ).

Em comunicado, a PJ explica que o homem, de 42 anos e residente na freguesia de
Lavradas, no concelho de Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo, “conhecia
muito bem o terreno, dominando os pontos de entrada e fuga do mesmo, conseguindo
assim que ninguém o visse, não levantando suspeitas relativamente à sua atuação
criminosa”.

No decurso de “diligências de investigação realizadas pelo Departamento de
Investigação Criminal de Braga, e de um trabalho persistente de recolha de
elementos de prova, foi possível finalmente identificar o suspeito, igualmente
referenciado pelo consumo excessivo de álcool”.

A PJ adianta que os fogos eram ateados “por via de chama direta, em período
diurno, a grande maioria deles ao final da tarde, em horários sucessivamente
muito próximos”. 

“Ao longo de 2024-2025, de uma forma sistemática e em dias e horários
alternados, ocorreram diversas ignições que colocaram em perigo toda uma extensa
mancha florestal, com diversas edificações próximas, as quais originaram vários
incêndios que foram prontamente extintos por ação dos bombeiros e de meios
aéreos, para ali alocados”, acrescenta a PJ. 

Segundo a polícia, existirem “suspeitas que o homem seja ainda o autor de várias
ignições ocorridas em 2023, em zona florestal na localidade de Bemposta, em
Lavradas”. 

“Os diversos locais destas ocorrências situam-se em áreas com especiais
condições de propagação a manchas florestais de grandes dimensões, compostas
maioritariamente por vegetação arbórea, tendo, por isso mesmo, gerado enormes
riscos, potencialmente alimentados, não só pela elevada carga de produto
inflamável ali existente, como também pelo acentuado declive próprio da região,
o que se traduziu em elevadíssimo perigo concreto para as pessoas, para os seus
bens patrimoniais e para o ambiente”, especifica ainda. 

O detido será presente às autoridades judiciárias para primeiro interrogatório,
tendo em vista a aplicação das adequadas medidas de coação. 

Esta operação foi feita “em estreita colaboração com o Grupo de Trabalho para a
Redução de Ignições em Espaço Rural — Litoral Norte (GNR, Instituto da
Conservação da Natureza e das Florestas [ICNF] e PJ)”. 

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